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Previdência privada cresce entre as classes C e D, mas advogado alerta para riscos
Dr. Márcio Coelho, especialista em Direito Previdenciário e Trabalhista, destaca que planos privados não oferecem as mesmas garantias da Previdência Social e podem expor trabalhadores a perdas irreparáveis
Uma recente pesquisa revelou um avanço expressivo da previdência privada entre as classes C e D, que tradicionalmente dependiam exclusivamente da Previdência Social. O movimento reflete uma crescente desconfiança no sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), marcado por longas filas, atrasos nos pagamentos e incertezas quanto ao futuro da aposentadoria pública no Brasil.
A busca por alternativas mais confiáveis para garantir a renda na velhice tem levado muitos brasileiros a migrarem suas contribuições para planos privados. No entanto, o advogado previdenciário e trabalhista Dr. Márcio Coelho faz um alerta: essa escolha, embora legítima, não está isenta de riscos.
"A previdência privada vem sendo apresentada como solução para os problemas da Previdência Pública, mas o segurado precisa ter total clareza sobre o que está contratando. Diferente do INSS, que tem um caráter público e garantido pelo Estado, os planos privados estão sujeitos às leis de mercado e à saúde financeira das seguradoras", explica.
Segundo ele, o histórico do setor mostra que há casos de seguradoras que, após anos arrecadando contribuições de milhares de trabalhadores, venderam suas carteiras de clientes para outras empresas, que posteriormente entraram em falência e deixaram de honrar os compromissos com os aposentados.
"Já vimos isso acontecer no passado. Empresas que arrecadaram por décadas simplesmente deixaram de pagar os benefícios prometidos quando chegou a hora. E infelizmente, não há garantia legal concreta de que isso não possa ocorrer novamente", alerta Coelho.
O fenômeno se acentua em meio à precarização do mercado de trabalho e ao aumento do número de trabalhadores autônomos e informais, que deixam de contribuir com o INSS por falta de vínculo empregatício ou por desinformação. Nesse contexto, os planos privados surgem como uma tentativa de manter a segurança financeira futura, mesmo que com riscos ocultos.
"O que falta hoje é uma ampla campanha de educação previdenciária. As pessoas precisam entender que, por mais falho que seja, o INSS ainda é a única garantia que temos de um pagamento vitalício", conclui o advogado.
Diante de um cenário instável, a orientação é que qualquer decisão sobre o futuro da aposentadoria seja tomada com base em informação, planejamento e acompanhamento jurídico especializado.
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