Notícias
Motivação ou emotivação: como obter comprometimento dos colaborares sem apelar para emoções sensacionalistas?
É possível aplicar técnicas de desenvolvimento de pessoas como engajamento, envolvimento, criatividade e intra-empreendedorismo sem que os funcionários se sintam coagidos, ou ainda obrigados a participar
Com dados recentes de casos em que colaboradores se sentiram humilhados diante de técnicas de motivação aplicadas em grupos dentro de organizações, abre-se precedentes para um debate: Motivação ou emotivação? É possível que as organizações obtenham comprometimento de seus colaboradores sem que seja preciso apelar para estímulos emocionais sensacionalistas? O que podemos definir por técnicas motivacionais?
Heide Castro, psicóloga e especialista em Psicologia Organizacional, diz que as empresas querem que o colaborador “vista a camisa”. “A organização quer que o colaborador atinja os resultados, que trate a empresa como se a mesma fosse dele, que seja engajado e envolvido com o trabalho”, explica. Os treinamentos, quando adequados, visam trabalhar estes objetivos com os colaboradores utilizando vários aportes teóricos para isto. É possível aplicar técnicas de desenvolvimento de pessoas como engajamento, envolvimento, criatividade e intra-empreendedorismo sem que os funcionários se sintam coagidos, ou ainda obrigados a participar. “Ainda que para o desenvolvimento de vários comportamentos, seja muito bom sair da zona de conforto, é preciso ‘contratar’ muito bem as atividades com os participantes e explicar a razão, os motivos para a utilização das técnicas. Não podemos nos esquecer que existe competição e que tem o dia seguinte. E para fechar, que haja total alinhamento dos objetivos propostos pela empresa com as atividades”, esclarece Heide.
Entre as técnicas motivacionais mais indicadas para as organizações estão:
- Investigação Apreciativa: uma forte teoria que ajuda a ampliar o senso de pertencimento, o engajamento, o gosto pelo trabalho e que o colaborador queira fazer dar certo;
- As pesquisas e diretrizes da Sociedade Brasileira de Dinâmicas dos Grupos (SBDG) que estuda o funcionamento dos grupos sociais e as intervenções mais indicadas para cada caso bem como o manejo ético para o coordenador;
- Inúmeros autores que escrevem sobre o funcionamento dos grupos sociais e que dão excelentes exemplos de exercícios para serem trabalhados dentro das oficinas de treinamento.
Os treinamentos devem ser tratados como um processo, e cada funcionário deve entender que as reflexões feitas neste período serão levadas para vida profissional e pessoal. “Um bom processo faz com que as reflexões feitas durante os treinamentos sejam estendidas para a sua vida pessoal também, pois onde tem gente tem as mesmas reflexões sobre a vida, os mesmos anseios. As pessoas tendem a se envolver mais naquilo em que acreditam. Acho que deixar claro que não é obrigatório resolve só em parte, as pessoas se sentem ‘coagidas’ emocionalmente. Fazem parte da empresa do grupo, nem sempre tem a condição de expor o que sentem, guardando somente para ela”, explica Heide Castro.
Quais os cuidados que uma organização pode ter com o objetivo de minimizar a possibilidade de que uma ação motivacional acabe na justiça? Segundo a psicóloga Heide Castro, a solução é fazer programas que tenham objetivo, que as pessoas entendam o que estão fazendo e quais os ganhos ao final de tudo. “A emoção é tudo de bom, mas é preciso evitar técnicas que forcem o surgimento de fortes emoções, e que estas estejam deslocadas de um processo organizacional e tão pouco exposição de fraquezas em público”, conclui.
A psicóloga ainda ressalta: “Precisamos lembrar que ninguém motiva ninguém. Motivação é: Motivos que me levam para a ação”.
Links Úteis
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.4911 | 5.4941 |
Euro/Real Brasileiro | 6.3434 | 6.3514 |
Atualizado em: 16/06/2025 20:09 |
Indicadores de inflação
03/2025 | 04/2025 | 05/2025 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | -0,50% | 0,30% | -0,85% |
IGP-M | -0,34% | 0,24% | -0,49% |
INCC-DI | 0,39% | 0,52% | 0,58% |
INPC (IBGE) | 0,51% | 0,48% | 0,35% |
IPC (FIPE) | 0,62% | 0,45% | 0,27% |
IPC (FGV) | 0,44% | 0,52% | 0,34% |
IPCA (IBGE) | 0,56% | 0,43% | 0,26% |
IPCA-E (IBGE) | 0,64% | 0,43% | 0,36% |
IVAR (FGV) | -0,31% | 0,79% | -0,56% |